A Apple rejeitou uma atualização do aplicativo BlueMail, que usa uma versão do ChatGPT da OpenAI para automatizar a escrita de e-mails. A big tech alegou que a ferramenta poderia produzir conteúdo inapropriado para crianças, segundo documentos apresentados pelo app.
Para ser aprovado na App Store, a Apple pede que a classificação etária do aplicativo seja revisada para 17 anos ou para que um filtro de conteúdo fosse implantado. A companhia disse ainda disse que os desenvolvedores têm a opção de contestar uma rejeição por meio do processo do App Review Board.
A Blix, companhia responsável pelo aplicativo, criticou a Apple por discriminação, já que outros aplicativos com recursos semelhantes não possuem restrições de idade. “Outros aplicativos baseados em GPT parecem não ser restritos”, afirmou Ben Volach, fundador da Blix à agência de notícias Reuters.
A empresa conseguiu atualizar o BlueMail na Google Play Store sem solicitação de restrição de idade ou filtro de conteúdo.
Histórico de conflito
Esse não é o primeiro conflito entre Volach e a companhia liderada por Tim Cook. Quando a big tech lançou o recurso “Sign with Apple” em 2019, a Blix alegou que tinha uma patente semelhante ao mecanismo. Na época, a Apple removeu o BlueMail de sua loja de aplicativos citando problemas de segurança que a desenvolvedora do app nega.
A Blix abriu um processo contra a Apple, mas um juiz federal rejeitou o caso por falta de evidências de comportamento anticompetitivo. A empresa do BlueMail contratou o advogado Jonathan Kanter como consultor jurídico. Em 2021, Kanter se tornou chefe da divisão antitruste do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que conduz uma investigação sobre a Apple.

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